Anunciada em 2006, no âmbito do então designado “Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico”, começou a produzir energia em 2017, sendo vendida em 2019 ao consórcio francês Movhere.
Constitui sem dúvida o projecto mais negativo e polémico construído em Portugal. A este projecto, está definitivamente associado, o 1.º ministro mais polémico, que Portugal alguma vez já conheceu.
Este “crime cultural e ecológico” anunciado por José Sócrates e António Mexia, personagens a conta com a justiça, prometiam desenvolvimento turístico, postos de trabalho, e talvez o “céu”…
Importa aqui considerar que o PS e o PSD-PPD não se opuseram, através dos seus deputados que representavam a região.
Muita foi a contestação pelas organizações ecologistas e os movimentos cívicos. Mas nesta democracia, o poder autocrático vigente não se discute…
Lamentavelmente, como seria de esperar, não foram criados os prometidos postos de trabalho.
O mesmo sucede com o prometido desenvolvimento turístico.
Restou-nos o encerramento definitivo da Linha ferroviária do Tua com a submersão de 20 km.
Também o tremendo impacto ambiental ao nível da flora, vegetação e espécies animais.
Tal como em Berlim, que agora já não tem muro, Trás-os-Montes tem o seu “Muro da Vergonha”, a Barragem do Tua.
Para a história fica o discurso de José Sócrates, acompanhado por António Mexia. Repare-se no Ego e na expressão vitoriosa de José Sócrates no filme.
Depois do Filme, propomos a audição da canção famosa de Dalida e Alain Delon (cantores franceses dos anos 60 do séc. passado), designada de “paroles, paroles”.
Tradução para português de “palavras, palavras”…